Saturday, May 12, 2007

Ai Portugal, Portugal!

Este é um país que nunca experimentou os beneficios da social democracia pela gritante incompetência dos seus governantes.
Nos tempos que correm, os portugueses incorreram em mais uma imprudência e irresponsabilidade: depositaram uma incauta confiança numa personagem com nome de filósofo, cuja actuação desastrosa só não vislumbra, quem vê na sua pose rígida e algo paranóica, o vulto de um tal beirão visionário utópico do 5º Império, que nos deixou, em tempos idos, em tal miséria económica e cultural, que até espanta que tenhamos entrado na Comunidade Económica Europeia com tamanha celeridade.
Nunca a Administração pública, e particularmente a Educação, sofreram de tamanha paralisia executiva, tamanho desnorte, sinistra desmotivação.
Professores pululam pelos psiquiatras privados, em desespero, já que os serviços públicos desta especialidade, não passam de meras ilusões gráficas em “placards” colados a cuspo. As autoridades estão mais preocupadas em eternizar apoios quixotescos aos “rapazes da droga”.
Os golpes desfechados à classe no novo estatuto da carreira docente, transformou os professores em párias sociais dispensáveis e desvalorizados na engrenagem institucional, quando, no fim de contas, o problema resume-se à velha questão dos dinheiros públicos mal geridos.
Se os políticos que têm vagueado pela Assembleia da República não primavam pela criatividade, estes últimos rebentos do PS, abusam, roçando uma declarada greve de sinapses, tomando o caminho fácil dos cortes orçamentais pouco selectivos, afastando definitivamente a viabilidade de um país equilibrado social e economicamente.
Quem pretende restituir a autoridade aos professores com intervenção policial, para além do desrespeito pela dignidade e importância da função dos agentes da autoridade, não faz a mínima ideia do que é uma escola e de qual é a função dos professores. Os alunos não são criminosos nem deverão ser tratados como tal, por muitas que sejam as dificuldades encontradas em zonas problemáticas. Muito pelo contrário, o clima de suspeição e o desprezo lançado pelos responsáveis ministeriais aos profissionais da educação, só vem agravar e legitimar atitudes incorrectas nas escolas.

No comments: